O tratamento de passivação química consiste em uma técnica de engenharia de superfície que tem por objetivo melhorar as propriedades do filme passivo e tornar a superfície mais resistente contra corrosão e adesão de biofilme, especialmente para o bioprocessamento.
O tratamento é divido entre etapa alcalina e etapa ácida, com enxagues intermediário e final. A etapa alcalina tem como finalidade a remoção de sujidade, gorduras, oleosidade da superfície e iniciar a dissolução do filme passivo natural. O filme passivo modificado somente será mais resistente se o filme passivo natural for dissolvido previamente. Na etapa ácida ocorre a oxidação do ferro-livre e sua decomposição da superfície, assim como uma oxidação controlada dos elementos de liga presentes no aço inox, especialmente o cromo e níquel. O níquel adere como uma fina camada no substrato enquanto que o filme passivo torna-se rico em Cromo, especialmente na forma Cr2O3. Ainda haverá ferro (Fe) no filme passivo, mas em uma quantidade inferior a 50% do volume atômico presente no filme passivo natural.
As variáveis essenciais do processo são: composição do eletrólito passivante, tempo de processo e temperatura de tratamento. O tratamento deve atender as recomendações da norma ASME BPE e ASTM A-380 e especifica-se como principal critério de qualificação que seja obtido uma razão Cr:Fe > 1.3.
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